segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Arte e a Prática Pedagógica na Educação Especial e Inclusiva


Título: “Natureza Morta” de Giovane Krauzer da Silva, 2007

O ensino da arte para alunos portadores de necessidades educacionais especiais proporciona novas possibilidades de capacitação através do exercício da criatividade e da disposição dos instrumentos e estratégias que promovem o conhecimento do indivíduo e tratamento diferenciado, conforme as dificuldades diagnosticadas. O campo da arte nas diferenciadas práticas: a pintura, o desenho, a dança, a música, escultura e artesanatos, direcionam a ação educativa para um ambiente em que se podem trabalhar as diferenças, possibilidades e limitações, objetivando a superação e desenvolvimento social, intelectual, a partir das significações apreendidas pelo aluno, na sua individualidade e interpretação.
A instrumentalização dos recursos do ensino da arte configura uma fonte diversificada de estratégias no processo ensino/aprendizagem, no qual o aluno não tem de ser considerado portador, ou possuidor, de alguma deficiência.
A utilização das estratégias de aprendizagem no exercício cognitivo, que é realizado na prática de adquirir o conhecimento, segue os processos de sensibilização para motivação ao aprendizado através das técnicas referentes à formação, a manutenção e mudança na perspectiva do aluno, quanto ao estudo. As estratégias afetivas no enfrentamento dos desafios propostos ao aluno que é evidenciado na auto-estima do aluno e controle emocional, que direciona o processo à atenção necessária, pela observação e concentração no objeto de estudo, para então, alcançar o processo de aquisição, no qual o conhecimento transforma-se em idéias, expressões e proposições próprias do indivíduo. Este processo no ensino e prática da arte, na educação inclusiva, pode ser alcançado pela dinâmica da produção artística, que lhe é peculiar, por trazer o favorecimento da criação e interpretação do indivíduo, aos elementos de sua produção, na significação única do que é produzido. Na prática artística, neste processo de educação, existe uma facilitação dos processos de aquisição e desenvolvimento dos conhecimentos, bem como das formas de estudo que podem colaborar na apreensão dos métodos e estratégias, da motivação e controle emocional requerido para outras disciplinas e conteúdos, em que o aluno apresentasse maior resistência, ou desinteresse. O processo desenvolve novos conceitos sobre o que é adquirir conhecimento e, portanto, gera novos procedimentos pelo aluno. As avaliações também devem seguir o conceito de aquisição de conquistas, que permite melhor análise, por parte do aluno, do reconhecimento do que falta alcançar.

Referências:

Minorias Culturais: Tratamento Educacional
de Maria Arrilaga

Dificuldades de Aprendizagem: As estratégias
de José Antônio Bueno